Depois de beber um número razoável de vinhos brancos, é normal que você passe a desejar sabores diferentes pra fugir daqueles vinhos que são “mais do mesmo”. Um aroma diferente, um sabor mais interessante, uma sensação inesperada… E, na maior parte das vezes, se o vinho surge, também, com uma bela história, gera ainda mais vontade e expectativa de bebê-lo!
Esse exemplar foi comprado numa feira de vinhos, depois de ter sido bebericado e nos impressionado! Segundo a descrição do importador, ele é um vinho orgânico feito com uvas Pinot Noir (uvas tintas) que são “colocadas em um recipiente, o primeiro líquido que sai quando as frutas de cima esmagam as debaixo é o Blanc de Noir. Assim, temos um ‘tinto branco’”. Ele “é produzido por uma vinícola em atividade desde 1616, estão atualmente na 17º geração de vinicultores da mesma família, preservando assim a tradição e know-how de 400 anos enologia”.
A história é, sem dúvida, cativante, mas vamos a ele! Devidamente resfriado e ansiosamente servido, nossas impressões foram as seguintes: trata-se de um vinho branco bem aromático e frutado (sentimos aromas adocicados que nos lembraram muito abacaxi e maracujá), seco (mas sentimos um sutil adocicado), de médio corpo, final longo e com boa acidez! Um discreto amargor de retrogosto, principalmente quando o vinho ficava menos resfriado, sensação que não comprometeu a degustação, ao contrário do que já aconteceu com alguns outros brancos que já provamos!
No geral, é um vinho cujo sabor traz bastante personalidade, não é nem de longe um “tipo comum” e certamente vai agradar quem curte bebidas mais intensas e marcantes!
Esse vinho foi servido ao lado de uma focaccia de margherita e parma e, particularmente com o presunto parma, a combinação foi deliciosa: o salgado do embutido evidenciou o leve adocicado que sentimos do vinho, além da acidez deste ter equilibrado a refeição toda!
É um ótimo exemplar e que valeu o investimento!