O universo dos vinhos é tão rico que você bebe, estuda, troca ideias e, mesmo assim, não esgota o assunto. Muito por conta de ser uma bebida antiga (recentes descobertas dão conta de que o homem já fazia vinho há, pelo menos, 8.000 anos), há muitos mitos, lendas, conceitos e verdades sobre os vinhos.
Reunimos 3 mitos e imaginamos que você já deve ter ouvido falar de algum deles!
Bom, isso vai depender do corte e do tempero da carne, vai depender do vinho e, claro, vai depender de quem o bebe! Muitas carnes levam preparos simples e são cortes de sabor relativamente suave (bifes acebolados, filé grelhado, carne moída), por isso podem perfeitamente combinar com vinhos brancos ou rosés mais encorpados e, acredite, até com espumantes! Um corte mais gorduroso e de sabor mais presente, como uma picanha de cordeiro ou cupim, pode combinar melhor com vinhos tintos, sobretudo os mais saborosos e com boa acidez, exatamente como manda o figurino. Mas, mesmo nesses casos, a grande variável da história é o paladar de quem está à frente da taça e do prato. Regras são uma bobagem! Acertos e enganos fazem parte de uma harmonização de vinhos e basta uma mudança de tempero ou de corte, um vinho mais ou menos intenso ou um paladar mais ou menos sensível para o momento ser perfeito ou aquém do esperado.
Já falamos sobre isso lá no artigo Sobre vinhos secos e doces. No caso dos chamados vinhos suaves, para lhe conferir doçura, a técnica mais utilizada é adicionar substâncias açucaradas ao vinho (como a sacarose, por exemplo), logo após a sua fermentação. Apesar de serem fortemente associados aos vinhos de mesa, é possível encontrar vinhos finos suaves. O preço desses vinhos costuma ser mais baixo e eles são associados, por parte dos especialistas, como vinhos de baixa qualidade.
Os vinhos chamados doces, via de regra, são feitos com uvas viníferas, e são (sem querer ser redundante) doces, complexos e intensos. Tal doçura não existe por conta da adição de substâncias estranhas ao vinho: trata-se de açúcar residual que está relacionado à condição da uva, ao timming da colheita ou à forma de produção. O preço é bem mais alto, ao contrário do primeiro tipo, seja por conta dos custos que envolvem a vinificação, seja pela raridade de se obter, por exemplo, uvas e condições propícias para a elaboração desse tipo de vinho.
Se você quer ser um profissional na área ou é alguém que curte analisar o vinho mais profundamente, vai encontrar nas técnicas de degustação grandes aliadas para alcançar o seu prazer. Mas você não precisa de nenhuma delas para gostar de vinhos. E nem precisa delas para beber vinhos. Voltamos à velha e sempre bem-vinda premissa de que o vinho é feito para dar prazer a quem o bebe. Logo, para quem não curte ficar horas observando um vinho, partilhá-lo com quem você ama (e isso inclui você mesmo), relaxar e gozar a vida é, também, saber beber vinho!
Qual desses mitos você já ouviu falar? Compartilhe conosco!