Nós conhecemos este vinho lá mesmo na Vinícola Almaúnica, em uma das visita que fizemos em Bento Gonçalves. Na época, depois de degustar alguns exemplares brancos da uva Chardonnay, muitos deles bem leves e frescos, esse acabou chamando a atenção, pois tinha uma proposta bem diferente em termos de sabor e de aromas.
Atraídos pelas diferenças que esse vinho possui, resolvemos levar um exemplar para casa e servi-lo ao lado de alguma refeição simples, mas bem saborosa!
Nós resolvemos decantá-lo, já que havia muitas partículas em suspensão no vinho. Aliás, no próprio rótulo há a informação de que o exemplar não passou por um trabalho de estabilização e filtração, a fim de que as suas características naturais se mantivessem até o momento de servi-lo. Isso poderia ocasionar o depósito de resíduos, tal como ocorreu.
Resfriado, decantado, servido e degustado, eis as impressões: trata-se de um vinho branco aromático, frutado (aromas de frutas cítricas, como maracujá e abacaxi). Sentimos, também, leves notas amanteigadas e minerais. Mais tarde, notamos que a temperatura mais alta do vinho revelou notas amadeiradas. Ele é seco, relativamente persistente, mineral e com a acidez moderada.
É um vinho branco cujo processo de vinificação (especificamente os 13 meses em barricas de carvalho francês) lhe proporcionou uma diversidade de aromas e um sabor mais intenso, sem que o aspecto mais amadeirado deixasse de ser suave no paladar. A mineralidade (uma leve nota salgada no paladar) deixou esse vinho bastante interessante! Gostamos muito dele e certamente quem curte vinhos brancos poderia se surpreender com esse exemplar!
A harmonização desse vinho foi com coxas de frango assadas ao creme de cebola, acompanhadas de mini batatas, cebolas pérolas e alho assados. Tudo combinou perfeitamente, como era esperado. Texturas e sabores bem integrados, uma delícia de combinação!
No geral, é um vinho bem agradável, traz uma proposta diferente e muito bem-vinda e é mais um vinho nacional que merece ser conhecido!