Quando nós fomos a Portugal, especificamente para a região do Douro, nós conhecemos a Quinta do Crasto e degustamos alguns vinhos tintos e do Porto no final da visitação! Como já dissemos no nosso Diário de Bordo, os vinhos dessa quinta são surpreendentemente acessíveis quanto ao preço, o que nos causou (e causa) espanto quando vemos algum vinho deles aqui no Brasil custando 10 vezes mais.
Algo muito estranho acontece, de verdade. Os vinhos são gostosos e dá pra considerar que os impostos e o marketing elevam muito o preço final, mas na faixa de preço que já encontramos por aí (R$200 – 300) é, no mínimo, absurdo.
Mas deixemos isso de lado (por enquanto). Nós compramos 2 exemplares dessa quinta, mas foi às cegas: este e um vinho do Porto que juramos abrir só daqui há 6 anos.
Apesar de ter sido comprado dessa forma e considerando o grande risco de beber e não curtir, tivemos a alegria de servir um vinho que nos agradou muito!
É um tinto de grande complexidade aromática (frutas vermelhas, frutas secas, além de couro, floral e notas herbais). Na boca, ele é seco, com taninos presentes e finos, final longo e de acidez moderada. Vai ser bem difícil expressar isso sem soar estranho, mas nós realmente sentimos um retrogosto muito particular, próximo à sensação de comer uma oleaginosa, mais especificamente macadâmia.
É um vinho surpreendente nos aromas e no sabor! Considerando que somos 2 amantes da acidez, talvez, para o nosso paladar, ela poderia estar um pouco mais presente, até para inibir a ardência do álcool que sentimos logo nos primeiros goles. Mas, exceto por esse pequeno detalhe, ele é delicioso, sem dúvida alguma! É um belo exemplar para quem curte vinhos mais encorpados e intensos, como nós, e acerta em cheio o coração de quem não dispensa um bom exemplar português à mesa!
Nós o servimos ao lado de uma picanha grelhada e de um risoto alla milanese e a combinação foi muito boa. Aliás, a dica de harmonizar com uma picanha foi da nossa guia lá da Quinta do Crasto e agradecemos muitíssimo pela ideia!
A meia garrafa desse vinho custou 13 euros e se, na época, houvesse mais espaço na mala, certamente teríamos levado uma garrafa inteira, até porque o preço compensava e muito! Por aqui, como já dissemos antes, a garrafa custa entre R$200-R$300 na maior parte das lojas físicas e online que pesquisamos.