Nós admiramos bastante os vinhos brasileiros da Vinícola Angheben e realmente nos sentimos à vontade para indicá-los, principalmente para quem diz que “não gosta de vinho brasileiro” sem nunca ter realmente experimentado algum!
Aliás, caso você tenha perdido, já passaram por aqui outros vinhos incríveis dessa vinícola e vale a pena conferir!
O exemplar de hoje é um Cabernet Sauvignon, a uva predileta de vários amigos nossos! Mas esse vinho traz uma proposta diferente, a qual nos fez apreciá-lo no momento em que o degustamos lá na vinícola e continuou nos agradando ainda hoje.
Bom, devidamente resfriado e servido, alguns minutos de descanso na taça e eis as impressões: trata-se de um vinho tinto mais evoluído, com aromas frutados mais sutis (percebemos notas de frutas vermelhas em geleia), aromas de defumado, baunilha, chocolate e especiarias, tal como pimenta. Ele é seco, de corpo médio, com taninos finíssimos, final longo e com boa acidez.
No geral, é um belo vinho e uma opção interessante para quem já curte vinhos tintos com boa acidez (característica comum de muitos vinhos italianos de que gostamos). Ele traz aromas cheios de complexidade e um sabor mais intenso e marcante, tudo isso sem deixar de ser equilibrado e descer macio.
E com a boca salivando, partimos para a harmonização com 2 pratos de massa fresca do Restaurante Etto: uma recheada com ricota, espinafre e pancetta com uma fonduta de pecorino e molho de tomate e a outra com ragu de costelinha de porco e legumes. Apesar dos ingredientes serem tão distintos, os dois pratos combinaram muito bem em termos de sabor e de texturas. Sentimos a acidez do vinho um pouquinho mais em destaque em ambos, mas nada que atrapalhasse a harmonia geral do conjunto.
A admiração por essa vinícola brasileira não surgiu ao acaso. O trabalho bem-feito justifica cada elogio e indicação.
Faz um ano que compramos esse exemplar diretamente no produtor por R$69 (aliás, fica a dica de viagem!). Pesquisamos em alguns sites e vimos que preços oscilam bastante entre R$50 – R$100.