Uma delícia em forma de champanhe!

Champanhe é um estilo de vinho clássico, famoso e caro. No Brasil, por exemplo, uma garrafa não sai por menos de R$200. Não é uma bebida do dia a dia e, apesar de todas virtudes que tem, não é unânime: há quem ame, há quem não faça a menor questão de bebê-la.

A primeira vez que eu experimentei um champanhe foi num final de ano, há uns 4 anos. Alguém me ofereceu uma taça e eu lembro que lutei tanto para conseguir bebê-la… Achei terrível! Não sei qual era o nome, não faço ideia de quem era o produtor, só sei que a primeira impressão foi péssima e foi capaz de me fazer acreditar que todos os champanhes eram dessa forma.

Tempos depois eu experimentei novamente e, dessa vez, curti. Não sei o que mudou – se foi o paladar ou a qualidade do vinho – fato é que tenho uma perspectiva muito mais feliz sobre esse estilo de vinho.

Por aqui já passou o Cuveé 6 cépages do Moutard Père & Fils e hoje é a vez do Cuvée Prestige Brut.

Eis as impressões: trata-se de um vinho branco espumante, aromático – aromas de torrada, damasco e jenipapo seco, além de nozes e um toque sutil de querosene. Ele é seco, bem cremoso, com um bom corpo, persistente e com a acidez vibrante.

Mais detalhes sobre o vinho? Confira na ficha técnica. Aliás, crie esse hábito.

O aroma químico foi uma surpresa. Mas o jenipapo foi ainda mais! Essa é uma das vantagens de conhecer as diversas regiões desse Brasil: saber que existem outros aromas frutados que vão além do melão e da laranja e poder relacioná-los com vinhos. Curiosidades à parte, esse champanhe é uma delícia, bem delicado e agradável, sobretudo para quem ama o estilo.

Ele foi harmonizado com tostadas de pão de fermentação natural. Testamos 3 recheios e a campeã foi a tostada de porchetta com base de molho vermelho e azeitonas verdes. Essa combinação rendeu um toque herbal na boca e tudo se equilibrou bem. As outras tostadas foram a de copa artesanal, com base de queijo chèvre, tomates cerejas e manjericão (aqui o queijo dominou o paladar) e a de terrine de pato com porco, com uma base de azeite de oliva, tomate cereja e azeitonas pretas (o terrine se destacou de uma forma quase enjoativa).

Esse champanhe custou R$229,90. Compramos no Angeloni, em Florianópolis/SC. Não é super barato, mas se for comparar com outros, valeu a pena.

Dicas de vinhos espumantes: clique neste link.

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