Vinho branco para preparar um risoto. Não seria um dilema se a gente se planejasse com antecedência para evitar a pressão das prateleiras do mercado. As poucas informações dos rótulos e as opiniões das redes sociais não são suficientes para evitar o risco de comprar mal e, mesmo tentando ir pelo caminho do custo-benefício, colecionamos péssimas decisões.
Já usamos o Periquita Branco, Caballo de Oro Chardonnay, Gato Negro Sauvignon Blanc e o Chilensis Chardonnay Selección Especial. Alguns só serviram para preparar a comida e depois foram direto para pia. Final feliz mesmo só acontece quando uma taça vai para a panela e o resto nos serve com gosto. É claro que é difícil equilibrar toda essa satisfação a um preço acessível, isso porque, infelizmente, até os vinhos brancos simples andam muito caros.
Bom, vamos à história de hoje: compramos um vinho branco mais doce e estávamos pensando em harmonizá-lo com um risoto e com uma sobremesa. Risotos levam vinhos brancos secos no preparo, o que nos fez ir a um mercado às pressas e tentar a sorte. Tinham algumas meias garrafas e esta da Quinta de Bons-Ventos era a mais barata entre todas – 23 reais. A garrafa de 750ml do mesmo vinho era menos de R$50 reais e é claro que, proporcionalmente, compensaria comprá-la. Só que decidimos pensar no valor unitário e no fato de que o vinho do mercado não seria a estrela do dia.
Compramos a meia garrafa desse vinho português seco que é um blend de uvas brancas: vai Arinto, Fernão Pires, Vital, Chardonnay e Viosinho.
Na hora de abri-lo, os aromas agradaram. Um vinho bem frutado, com destaque para pera e frutas cítricas, além de notas de ervas frescas. Quanto ao sabor, as impressões não foram tão positivas: muito sutil, faltou corpo e faltou um pouco de acidez. Percebeu-se também um leve amargor.
Na ficha técnica do produtor há mais detalhes sobre o vinho e a vinificação.
Servimos uma taça e, como o sabor era quase imperceptível, não prejudicou o preparo do prato. Só que esse foi o único ponto positivo. Considerando esse vinho para um consumo convencional, esse vinho branco não anima. Era a melhor opção do mercado, considerando que não queríamos pagar muito e nem queríamos uma garrafa inteira para consumir diretamente. Mas, como consta nos links acima, há opções mais razoáveis tanto para preparos culinários, quanto para beber sem compromisso.
O vinho não empolgou e, por isso, segue a busca por um branco seco (que sirva também para cozinhar) que não seja caríssimo, nem suave e nem sem gosto.
Se você estiver em busca de outros vinhos brancos vale a pena clicar aqui.
E se você já experimentou o Quinta De Bons-Ventos Branco 2017, avalie aqui embaixo.