No segundo dia de tour visitamos outras 2 vinícolas que ficam na região dos Vinhos Verdes.
O dia estava nublado e, ao menos durante a manhã, alternava entre chuva e sol. A única constante era o vento frio, uma lembrança do inverno que, pelo que soubemos, foi bastante rigoroso no país.
A par disso, a primeira visita foi na a Quinta de Soalheiro, que fica em Melgaço, no norte de Portugal. Uma confissão: ao chegar no local combinado, olhando de fora, parecia ser apenas uma casa grande, o que nos deu a sensação de que entraríamos numa adega, beberíamos vinho e iríamos embora.
Surpresa nossa é a riqueza que a propriedade esconde! Logo no começo, fomos recepcionados pela Margarida, que gentilmente nos expôs todos os vinhos (13, salvo engano) que a quinta produzia. Ela dividiu a explicação por famílias: reuniu os vinhos que mais se assemelhavam por suas características gerais e falou sobre as castas utilizadas (Alvarinho é a uva de maior destaque da quinta, mas há outras como Loureiro e Vinhão, empregadas em blends). Explicou, também, sobre as formas de vinificação de cada um.
A Margarida explicou que, para dar conta de toda a produção, além das uvas que são cultivadas pela quinta, compram-se uvas de fora. Afirmou que há bastante controle sobre quem as vende e como as cultivam, a fim de que se alcance a qualidade que a quinta deseja para os seus vinhos.
De lá, partimos para o interior da propriedade que, na verdade, é imensa, pois abriga todos os equipamentos responsáveis pela vinificação e engarrafamento, além de um espaço para estocagem.
Apesar de ser bastante ampla, a Margarida nos contou que a quinta está expandido fisicamente. Vimos o anexo que estava sendo construído para abrigar melhor os equipamentos já existentes, oportunizar a aquisição de novos e, no final das contas, facilitar a organização e os trabalhos da equipe.
Fizemos um giro por todas as salas, vimos todo o maquinário (convencional e alguns bastante diferentes, como uma cuba de cimento bem interessante) e ficamos a par de alguns processos de vinificação bem específicos que a quinta faz, sempre prezando a mínima intervenção e evitando a adição de aditivos químicos.
Ao final, fomos na parte mais alta da propriedade, que tinha uma sacada com uma vista linda que nem o frio e os pingos gelados da chuva fizeram ser menos deslumbrante! É nessa parte alta, na parte de dentro, que estava organizada a degustação de 2 vinhos da quinta, pães sortidos e dois tipos de embutidos suínos artesanais produzidos na região.
Nós caímos de amor por um dos exemplares que provamos, que era profundamente aromático e saboroso. Acabamos provando um terceiro vinho, que é o mais vendido pela quinta, e, por fim, levamos esses dois e mais um tinto (comprado às cegas).
Foi uma visita surpreendente para nós e saímos de lá satisfeitos não somente com os vinhos que provamos e compramos, mas como toda a recepção amável que tivemos. Uma visita interessante e que valeu muito a pena!