Malbec na taça, hambúrguer na brasa!

Gosto muito de fazer degustações e harmonizações fora de casa – a mudança de ares ajuda até na análise do vinho. Isso continuou a ser feito durante a pandemia, só que sem aglomeração e em lugares aleatórios e cercados de bicho e mato.

Acontece que, fora de casa, sempre acaba rolando um “se vira nos 30” nos bastidores, um revirar de utensílios, pratos e talheres pra montar um cenário minimamente atraente. Já me contorci bastante e tirei muito foto no escuro torcendo pro resultado final não ser totalmente desprezível…

Nessa jornada pandêmica, a única coisa que percebi é que vale a pena levar as taças e o saca-rolhas de casa. Ainda tem muita pousada e Airbnb que só disponibiliza abridores de tampas – como se só existisse cerveja no mundo! Quanto às taças, dá pra beber em qualquer copo, só que os mais grossos, coloridos e com ranhuras dificultam a análise e ficam estranhos na foto.

Por isso, prefiro levar o mínimo necessário pra evitar perrengues maiores. E o resto continua do mesmo jeito: na sorte.

Pra dar um respiro esse ano, repetimos a fuga de São Paulo tal como fizemos nesse post aqui. Fomos pra um lugar isolado e com um Malbec da Escorihuela Gascón à tira-colo.

Segundo o site oficial da Escorihuela Gascón, Don Miguel Escorihuela Gascón fundou a empresa Establecimientos Vitivinicolas Escorihuela em Mendoza em 1884. A fim de produzir vinhos de alta qualidade, a bodega deu bastante importância à seleção de clones e ao equilíbrio entre os métodos artesanais, o uso da tecnologia e a expertise de profissionais argentinos e estrangeiros.

Nesse passo, ela foi se desenvolvendo até alcançar o posto em que se encontra hoje: um lugar de privilégio e reconhecimento no mercado. Conta com mais de 130 anos de vida e é uma das 10 bodegas exportadoras mais influentes no cenário de vinhos argentinos. Atualmente, possui 2 vinhedos – o Finca Agrelo (de onde sai o vinho desse post) e o Finca Cordón el Cepillo (que é biodinâmico).

Por fim, pra quem valoriza premiações antes de escolher um vinho, a Escorihuela Gascón conta com uma página no seu site repleta de prêmios que recebeu das revistas e dos críticos importantes da área.

O Escorihuela Gascón Malbec 2018 é importado pela Grand Cru e a ficha técnica está aqui. Em termos gerais:

Impressões: é um Malbec típico, que traz a ameixa, a violeta e as ervas frescas em destaque. Uns giros a mais na taça e percebo a pimenta do reino, as notas terrosas e de carvalho. Ele é de leve para médio corpo, tem taninos finíssimos e uma boa acidez. Bastante ataque de boca, embora o final seja curto.

É um Malbec simples, correto e com um perfil amigável. É ligeiro e fácil de beber, além de ter um perfil convidativo para parear com sandubas de carne, pizzas e hambúrgueres.

Aliás, a nossa opção foi hambúrguer de cordeiro. Fizemos o lanche do zero e o montamos com maionese de cominho, folhas verdes e tomates. Deixamos o ponto da carne rosado na medida, bem suculento. A combinação acabou destacando a nota amadeirada do vinho, enquanto a gordura e suculência da carne foram balanceadas pelas texturas da bebida. Calorias bem-vindas, eu diria.

O Escorihuela Gascón Malbec 2018 sai por R$137,90 no site da Grand Cru.

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Se você já experimentou o Escorihuela Gascón Malbec 2018 , avalie aqui embaixo!