O primeiro encontro com um vinho na lata!

Se for beber, não complica
Esquece a taça e o saca rolha
leve apenas sua latinha
e vem ser feliz com a gente!

É assim que a marca Vivant apresenta o seus produtos e deixa claro o seu objetivo: descomplicar o consumo de vinhos.

Pra ser honesta, eu conheço um bocado de gente com a cabeça aberta que compraria fácil essa ideia. Eu mesma acho a proposta interessante, ainda mais se o vinho for bom.

Pra quem tem algum estilo preferido, a Vivant oferece 3 tipos de vinho na lata:

• Vinho branco que leva a Chardonnay
• Vinho rosé que leva as uvas Syrah e Pinot Noir
• Vinho tinto que leva as uvas Cabernet Sauvignon e Merlot

As latinhas são pequenas (269ml), fáceis de manusear e bem chamativas. Ao vê-las na promoção, compramos logo os 3 estilos.

Antes das minhas impressões, vou compartilhar as minhas expectativas. Ao abrir um vinho na lata, seja ele branco, tinto, rosé ou espumante, o que eu espero encontrar é um vinho pronto pra beber. Até porque, se a proposta é descomplicar, que não seja preciso sacar um decanter pra amaciá-lo ou aerá-lo. Espero que seja um vinho correto, pois ser voltado pra um público despretensioso não significa ser feito de qualquer jeito. E, por fim, espero que ele seja gostoso e agradável, do tipo que dá vontade de beber e repetir a dose.

A par dessas expectativas, eis as minhas impressões:

Vivant Branco

É um vinho aromático e frutado, com notas de abacaxi maduro, pêssego em calda e ervas frescas. Ele é seco, de médio pra encorpado e com boa acidez. O vinho é um pouquinho mais robusto do que eu esperava. Gostaria de uma versão mais leve, acho que combinaria mais com a proposta. Mas é um vinho correto e que dá pra consumir nesse esquema “abriu, bebeu”.

Vivant Rosé

Difícil. O aroma de estragado – e que me lembrou ovo podre em certos momentos – dominou o espaço assim que eu rompi o lacre. A sorte foi ter uma taça na mão e muita paciência pra girá-la até o odor sumir. Ele cedeu a ponto de deixar os aromas de frutas vermelhas mais presentes. Acabei insistindo na aeração até poder concluir algo sobre o sabor do vinho. Depois de um bom tempo, percebi ser um rosé seco, leve e com a acidez moderada. No geral, o paladar foi arruinado pelo aroma inicial e, depois, pelo retrogosto de fruta passada. Seja um problema na origem (ocorrido durante a vinificação), seja um problema desse lote específico ou seja até um problema relacionado ao armazenamento da lata, o que importa dizer é que o vinho não estava bom. Foi uma experiência desagradável.

Vivant Tinto

É um vinho tinto com aromas de frutas vermelhas, tostado/carvão e uma nota sutil de pimentão. Ele é seco, de médio corpo, com taninos finos e com uma boa acidez. Sobrou um tiquinho de álcool. Achei ok, tal como achei ok a versão branca.

Gosto da proposta do vinho na lata e acredito que ela realmente possa contribuir com a ampliação do mercado de vinhos no Brasil. Porém, é preciso estar atento à qualidade do que é oferecido, porque basta apenas uma única experiência negativa para que a base frágil de consumidores brasileiros rejeite essa ideia.

Cada lata custou R$ 9,90 na promoção. Já vi alguns e-commerces vendendo por R$11 e até R$14,90.

Não me empolguei muito depois desse trio, mas vou tentar beber outras marcas pra comparar as experiências.

Deseje-me sorte.

Se você é mais convencional e prefere as clássicas garrafas de vinho, confira nesse link as degustações que já rolaram por aqui.

E se você já experimentou os vinhos branco, rosé e tinto da Vivant, avalie aqui embaixo.

P.s. A foto inicial foi retirada do site da Vivant Wines