A viagem deslumbrante para a Região Demarcada dos Vinhos Verdes vai acabar com este exemplar da Quinta da Palmirinha. Na volta para o Brasil, nós fomos degustando um a um os vinhos que descobrimos por lá e, no meio do caminho, fomos matando a saudade ao relembrar as histórias que ouvimos nessa terra boa!
O vinho de hoje foi comprado direto com o produtor, porém, às cegas. Não é o primeiro exemplar da uva Vinhão (ou Sousão) que já passou por aqui – antes teve o Oppaco da Quinta de Soalheiro. Mas apesar da uva ser a mesma, são dois vinhos diferentes!
Eis as impressões: trata-se de um vinho tinto de aromas complexos – sentimos notas de frutas vermelhas (destaque para casca de goiaba), notas defumadas, de chocolate, de ervas frescas (menta e orégano) e de pimenta do reino. Ele é seco, de leve para corpo médio, possui taninos finíssimos, curta persistência e uma boa acidez.
Os primeiros aromas foram inusitados para o nosso olfato, mas essa é a graça de beber vinho, sobretudo o natural: você abre a garrafa e precisa deixá-lo respirar, entrar em contato com o ar para desabrochar. Minutos depois os aromas frutados e defumados deram a graça, seguidos pelos demais acima indicados. Na verdade, dava para ficar horas girando a taça e apreciando-o.
Quanto aos sabores e texturas, ele é leve e bem fresco, ideal para quem foge de vinhos com uma forte presença tânica e, sobretudo, adora uma acidez de salivar. E para os apreciadores de vinhos biodinâmicos e naturais, é um exemplar que merece a atenção, considerando a sua complexidade aromática e o sabor acessível e agradável.
Bom, nós pedimos 2 hambúrgueres em casa, ambos com queijo e bacon, já que imaginávamos que a leveza, a acidez e os aromas do vinho combinariam com o lanche. E combinaram! Devoramos os hambúrgueres e deixamos um pouco de vinho na garrafa para beber tranquilamente e nos despedir da grande série de vinhos verdes que degustamos nos últimos tempos.
Esses vinhos verdes naturais não são tão fáceis de encontrar, infelizmente. Como dissemos acima, nós compramos os exemplares da Quinta da Palmirinha direto com o produtor. Cada vinho saiu por 5 euros!
Sim, vale mais a pena comprar fora do Brasil.
Por isso, caso você esteja indo viajar para Portugal e quer dicas sobre enoturismo, confira o nosso Diário de Bordo. Lá tem, entre outras dicas, sugestões de vinhos biológicos, com mínima intervenção ou naturais acessíveis tanto no sabor quanto no preço!
Se você já teve a oportunidade de beber o Quinta da Palmirinha tinto, avalie-o logo aqui embaixo!