No mundo dos vinhos, o espumante também é uma opção bem democrática! Há secos, adocicados e doces, mais ou menos ácidos, mais ou menos encorpados, mais ou menos caros! Estilos Nature, Extra Brut, Brut, Demi-sec e Doce são produzidos dentro e fora do Brasil e podem ser consumidos o ano todo, sem restrição!
Ao falar de espumantes, infelizmente, duas questões sempre vêm a mente. A primeira é que a grande parte dos brasileiros só se lembra dos espumantes no final de ano. Não acho que seja por uma questão de gosto, já que tem opção para todo o tipo de bolso e de paladar. A falta de costume é a razão que justifica melhor o fato desses vinhos, tão perfeitos para o calorão brasileiro, serem rapidamente esquecidos depois de dezembro.
A segunda questão é que, na hora das compras, os espumantes importados quase sempre ganham na queda de braço. Parece que quanto mais difícil for a pronúncia do vinho e quanto mais europeia for a sua origem, melhor será o investimento. Neste ano eu tive a oportunidade de provar alguns Cavas, Proseccos e até alguns Crémants da Borgonha, boa parte na faixa dos R$200. Apesar de alguns serem gostosos, não valiam esse preço e mais: não eram melhores do que muitos exemplares brasileiros que já tive a chance de experimentar!
Veja o caso: este espumante é da Vallontano Vinhos Nobres e foi o escolhido para a ceia de natal! Balde de gelo à mesa, esperamos pacientemente até o vinho alcançar a temperatura de serviço desejada. Servimos as taças e apreciamos os primeiros goles com atenção. As impressões foram as seguintes: trata-se de um espumante branco, com boa perlage – bolhas finas e persistentes – e bem aromático – notas de frutas brancas tropicais maduras e de brioche. Ele é bem seco, de corpo médio, cremoso e com uma bela acidez!
O método empregado é o tradicional ou champenoise e, para ver detalhes técnicos, clique nesse link!
É um espumante excelente, de aromas mais doces e suaves que até enganam o paladar, já na boca ele bem seco! Esse contraste de sensações é bastante interessante e vale a pena fazer sempre! Como já foi dito algumas vezes nesse blog, somos fãs incondicionais de espumantes secos e mais ácidos e, por isso, esse vinho nos agradou muito! Ele é macio e delicado e é graças as suas características prazerosas que o bebemos sem qualquer esforço!
Bom, depois da degustação, nós o harmonizamos com 2 pratos: a entrada – bruchettas de queijo boursin com tomates cerejas, azeitonas pretas e manjericão fresco – e o principal – capelloni de pato com molho de ervas lá do Mesa III. Ambos combinaram perfeitamente! No caso das bruschettas, o pão de fermentação natural destacou os aromas de brioche do vinho e, ao lado do prato principal, a bebida limpou o nosso paladar da untuosidade da massa sem que os sabores deixassem de se equilibrar.
Esse vinho é delicioso e tem um ótimo custo-benefício. Nós já o compramos duas vezes na Mistral, inclusive. Na primeira vez por R$99,50 e, na segunda, por R$ 84,58. Esse último é o preço atual, segundo uma pesquisa recente.
Se você é fã desse estilo de vinho e quer conhecer mais sobre a qualidade dos produtos nacionais, fica a dica!
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