Uma boa surpresa de Bordeaux…

Sempre tomamos um certo cuidado ao resfriar uma garrafa de vinho, pois a baixa temperatura pode interferir negativamente na percepção dos aromas e do sabor da bebida. Alguns tipos de vinhos devem ser bebidos mais frescos (como os espumantes, os vinhos de sobremesa…), mas outros, como é o caso dos vinhos tintos, são mais sensíveis às baixas temperaturas e devem ser apreciados pouco resfriados (na aba “Como degustar” do site da Vitrine dos Vinhos, você encontrará alguns parâmetros de temperatura para cada variedade de vinho). Considerando essa precaução, nós degustamos esse exemplar levemente fresco e as nossas impressões sobre ele foram as seguintes: trata-se de um vinho tinto seco (alguns vinhos, apesar de serem secos, apresentam um leve sabor adocicado, bem sutil, mas este vinho não possui essa característica, pelo contrário, não sentimos traço de doçura algum), frutado, aromático, mais encorpado, com taninos macios, final longo (ele deixa um leve amargor na boca) e com a acidez equilibrada. É um vinho de sabor marcante! Harmonizamos boa parte dele com uma pizza de lombo canadense e a combinação de sabores foi boa. No entanto, achamos que esse vinho é ideal para acompanhar pratos de sabores ainda mais intensos, como polpettone ao sugo, filé ao molho madeira ou medalhões. Por fim, achamos que esse exemplar pode agradar muito as pessoas que já têm o hábito de beber vinhos, sobretudo vinhos tintos, já que, além do sabor forte, ele se sai bem ao lado das refeições mais saborosas!